A interação com outras pessoas é essencial para nos sentirmos em harmonia e equilíbrio. Essa é uma das principais áreas da nossa vida. Mas e quando ela é prejudicada? Evitar o contato social pode ser mais que uma “característica de personalidade”, como muitos indivíduos pensam. A fobia social, por exemplo, é um transtorno que tem como origem programações mentais baseadas no medo e ansiedade.
Isso significa que a estrutura mental acaba sendo alterada e as áreas responsáveis pelo controle das emoções têm uma nova “programação”, que limita os aspectos emocionais e comportamentais da pessoa. A partir daí, sensações como medo, insegurança e ansiedade são potencializados e impedem as pessoas de tomarem atitudes e se envolverem em comportamentos de contato social.
Uma das causas para o desenvolvimento do transtorno são as experiências traumáticas, como o bullying, por exemplo. Pessoas que já vivenciaram esse tipo negativo de situações constantes de humilhação, rejeição e ridicularização são mais propensas a distúrbios envolvendo a ansiedade da socialização.
Estima-se que cerca de 26 milhões de brasileiros – que correspondem a um percentual de 13% – sofram com a patologia, segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas como diferenciar a fobia social da introspecção? Algumas das principais características desse problema são:
- Dificuldade para fazer amigos
- Medo excessivo de ser o centro das atenções
- Não gostar de ser observado
- Ansiedade excessiva
- Privação de eventos sociais
- Medo excessivo de desaprovação, críticas, julgamentos, humilhação e ridicularização
- Baixa autoestima
- Sofrimento por antecipação em excesso
- Tremores
- Tontura
- Suor excessivo
- Dor de cabeça
- Isolamento
- Dificuldade para realizar atividades coletivas
- Restrição a poucos grupos sociais
Além disso, existem dois tipos de fobia social: a circunscrita e a generalizada. A primeira diz respeito ao medo de situações sociais específicas; já a segunda caracteriza-se pelo medo de interações sociais de maneira geral. Independentemente do tipo, muitas vezes o distúrbio pode ter origem na fase da adolescência porque, devido às grandes mudanças e experiências – referentes ao corpo, sexualidade, identidade, entre outros – o organismo se torna mais propício para o desenvolvimento da doença.
Outras vezes a origem pode também estar na fase da infância, quando relacionamentos com pessoas importantes e de grande referência podem ter deixado dores ou cicatrizes que ainda permanecem vivos na memória.
Engana-se quem pensa que a fobia social está relacionada apenas a situações que exigem um desempenho maior ou de um grau de exposição maior do que o normal. Ela está presente no dia a dia dos indivíduos, em atividades simples que não exigem uma interação direta. Por exemplo, os fóbicos podem ter dificuldades em comer na frente de outras pessoas, usar banheiros públicos e até entrar em uma sala que já tem outras pessoas. Eles costumam passar muito tempo analisando a própria performance frente aos outros – seja em uma apresentação do trabalho ou até a postura que adota em um evento.
Quando o tratamento não é procurado, a fobia social pode seguir prejudicando a vida do indivíduo e impedindo o seu crescimento. E esse problema não afeta apenas a vida pessoal: a profissional também sofre consequências do transtorno. Veja de que forma o distúrbio pode atrapalhar a sua carreira.
Relacionamento com os colegas
O bom relacionamento com os colegas de trabalho é essencial para que a equipe conviva e funcione de forma mais produtiva. Além disso, o impacto chega a prejudicar inclusive o networking do fóbico, ou seja, a rede de contato criada entre profissionais de uma mesma área que, consequentemente, poderia trazer novas oportunidades.
Expressar opiniões e ideias é essencial também para que os colaboradores e chefes entendam as habilidades do indivíduo e ajude-o a desenvolvê-las e crescer dentro da empresa. Além de potencializar e otimizar os laços, a comunicação e o diálogo são essenciais para a cultura do feedback e, consequentemente, ajustes necessários no trabalho.
Dificuldade de ser proativo
Uma das características que os chefes e a equipe admiram e procuram em um profissional é a proatividade. Tomar iniciativa e ajudar na tomada de decisões é essencial para manter-se produtivo e desenvolver habilidades e qualificações na carreira. Mas quem sofre com fobia social tem essa dificuldade.
O medo de ser julgado faz com que esses indivíduos percam oportunidades de se destacar no ambiente de trabalho e no mercado cada vez mais competitivo.
Novas oportunidades
As pessoas que sofrem com fobia social podem também acabar perdendo oportunidades relacionadas à vida profissional. Isso acontece porque elas não conseguem superar os obstáculos que aparecem frente a conquistas e objetivos. Dessa forma, a possibilidade de crescimento no mercado fica comprometida, seja para promoções no trabalho ou entrevistas de emprego.
Além disso, os fóbicos tendem a ter medo de encarar novas responsabilidades e experiências, dificultando a exploração do seu potencial. Por não tomarem a frente e se isolarem, a produtividade dessas pessoas acaba caindo e o receio pela repreensão bloqueia novas chances de liderar e mostrar as próprias qualificações.
Problemas de autoestima
A falta de sucesso profissional e dificuldade de desenvolver outras habilidades, fazendo com que a carreira caia na “rotina” e no comodismo pode fazer com que os fóbicos tenham problemas de autoestima. Dessa forma, eles não terão autoconfiança e sempre irão se comparar aos outros, diminuindo suas conquistas e seu potencial.
Todos esses problemas atrelados podem ser fatores decisivos para o desenvolvimento de problemas emocionais na vida do indivíduo. Patologias como ansiedade e depressão, por exemplo, estão comumente associadas à fobia social, prejudicando a saúde mental e dificultando o equilíbrio, bem-estar e harmonia.
Por isso, o distúrbio deve ser tratado da maneira adequada. Buscar ajuda de profissionais que tenham experiência em reprogramar a mente e ressignificar o medo é essencial para que o tratamento dê certo. Transformar o medo em motivação para acreditar em si mesmo, desenvolver o autoconhecimento e a autoestima, são alguns dos passos essenciais durante a superação da fobia social.
A Hipnoterapia é uma metodologia que tem como principais objetivos promover essas mudanças na vida do indivíduo. Assim, ele vai conseguir acreditar no próprio potencial e saber a importância de mostrar as suas habilidades tanto no meio profissional quanto no pessoal. A interação com outras pessoas é um dos meios para encontrar a felicidade. Clique aqui e agende sua sessão de Hipnoterapia para superar a fobia social.