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Fanatismo por futebol pode ser classificado como uma doença?

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Quem nunca viu alguém gritar para a TV ao assistir uma partida de futebol, pular de alegria com um gol ou chorar depois da derrota do time do coração? No país do futebol essas cenas são corriqueiras e apesar de pitorescas para quem não compreende a paixão pelo futebol são vistas como normais e saudáveis por todo o coletivo.

Mas há os casos que a paixão pelo futebol “passa do ponto”.

Alguns indivíduos se envolvem em discussões e protagonizam episódios de selvageria.

Tornou-se comum nos últimos anos a sociedade brasileira ser impactada por linchamentos públicos e assassinatos motivados por questões futebolísticas.

Claramente pessoas que chegam a tal ponto não gozam de seu perfeito equilíbrio, mas é razoável supor que a causa do descontrole seja o fanatismo por futebol? Ou seja, o fanatismo seria a origem de um transtorno mental?

Fanatismo mental pode ser considerado uma doença? O que a literatura médica existente sobre comportamento humano tem a discorrer sobre o tema?

Esse é o assunto que trago hoje e que vou desenvolver nos próximos tópicos.

Antes, quero deixar claro que apesar do foco no futebol, o tema pode ser estender a todos os esportes, pois um dos tipos de fanatismos conhecidos e classificados é o “fanatismo esportivo”.

A escolha pelo futebol se deveu apenas por uma questão de popularidade e por provavelmente gerar maior volume de buscas sobre o assunto.

Entendendo o fanatismo

Antes de entrar em uma análise mais profunda sobre o fanatismo por futebol, faz-se necessário primeiro deixar claro o que significa ser fanático do ponto de vista da psicologia.

O que é ser uma pessoa fanática?

A principal característica do fanatismo é a crença inabalável em uma ideia. O fanático não aceita refutação sobre o que acredita. Ele tem convicção férrea de que o que defende e faz guiado por seu ideal é o certo e todo aquele que demonstra alguma contrariedade está errado.

Essa inflexibilidade do ponto de vista influencia o seu comportamento. Para defender suas crenças, dependendo de seu grau de fanatismo, é capaz de cometer atitudes extremadas como iniciar discussões ou partir para a agressão física.

A estabilidade emocional do fanático se altera facilmente ao ser questionado pelo que acredita. Alteração que muitas vezes foge do seu controle.

Por mais que seja considerado um comportamento fora do padrão do convívio em sociedade, o fanatismo não é considerado um transtorno mental.

Para a psicologia, se trata de um comportamento disfuncional. Ou seja, um comportamento fora do padrão, contraditório a realidade imutável.

Qual a diferença entre comportamento disfuncional e transtorno mental?

O comportamento disfuncional como vimos se trata de um comportamento fora do padrão, porém, por si só, isto é, isolado de outros sintomas, não é um indicativo forte o suficiente para um diagnóstico de alteração dos padrões mentais.

Todos nós temos as nossas “esquisitices”, particularidades que nos fazem fugir do padrão esperado de comportamento, afinal, não somos robôs, mas indivíduos com características únicas, com uma personalidade própria. Isso, porém, não nos impedem de desfrutarmos de uma vida funcional, produtiva, saudável etc.

Diferente do transtorno mental.

Uma pessoa com esse mal não consegue manter um bom desempenho em diversos aspectos de sua vida. Destaca-se: vida familiar, social, profissional e acadêmica.

Uma pessoa com transtorno mental perde a capacidade de autocrítica, tem menos tolerância aos problemas e se sente impossibilitada de ter prazer na vida em geral.

Essa pessoa sofre de uma alteração do funcionamento da mente que provoca reações que inviabilizam uma boa qualidade de vida. Enquadram-se como transtornos mentais:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Dependência química;
  • Demência;
  • Esquizofrenia.

Entre outros.

Portanto, para deixar mais evidenciado a distinção: comportamento disfuncional = fora do padrão, mas sem impor limitações de desempenho. Transtorno mental = alteração de padrões mentais que provocam distúrbios que inviabilizam o exercer de atividades.

O fanatismo por futebol é uma doença?

Pelo exposto acima, fica evidenciado que o fanatismo por futebol é considerado um desvio de comportamento, mas não um transtorno mental.

Entretanto, não significa que o fanatismo, de qualquer espécie, futebol ou não, seja inócuo, isto é, seja falto de risco. Ele pode progredir para um distúrbio psiquiátrico a depender dos prejuízos que gera na vida social afetiva e profissional.

Por exemplo, ao romper relações familiares, terminar relacionamentos afetivos, sofrer processos judiciais ou até mesmo ter decretado a restrição de sua liberdade por causa do objeto de seu fanatismo, o indivíduo, alquebrado, solitário, desiludido, pode ficar sujeito a desenvolver transtornos psicológicos.

Vale ainda destacar que o comportamento fanático pode se revelar um sintoma de uma questão psicopatológica (psicose/esquizofrenia).

Porém, também é preciso deixar claro que, pela literatura existente sobre a psique humana, é plenamente possível casos em que o fanatismo e problemas de saúde mental coexistam sem necessariamente estarem relacionados.

É possível tratar fanatismo por futebol ou qualquer outro tipo de fanatismo?

Como não se trata de uma doença, o fanatismo por futebol não é uma condição que torna obrigatório um tratamento. Contudo, se o indivíduo entender que seu fanatismo lhe traz problemas em aspectos importantes na sua vida e tem dificuldade para abandonar esse vício, é adequado procurar por ajuda profissional.

Geralmente, pessoas que apresentam um comportamento de fanatismo têm dificuldade de controlar seus impulsos e a ansiedade. Dificuldade que acaba as levando a se precipitarem nas suas ações e se arrependerem. Elas até têm consciência do erro de seus atos, mas não conseguem evitar.

Para esses casos é benéfico tratamentos como a hipnoterapia. Por meio dessa técnica, é possível identificar nas memórias do paciente os traumas que desencadearam as dificuldades sofridas no presente.

Em poucas sessões, o indivíduo aprende exercícios mentais para alterar a percepção da mente quanto a esses eventos e encerrar as reações desproporcionais ao ser submetido a situações que evoquem o passado traumático.

Se você entende que precisa de ajuda para controlar suas emoções em relação ao futebol ou a qualquer outro assunto, se interessou sobre esse tratamento ou simplesmente deseja saber mais a respeito, entre em contato. Eu sou Moshé Bergel, hipnoterapeuta de formação. Conheça minhas qualificações e meu trabalho. Eu posso te ajudar!

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