Tão antiga quanto a própria humanidade, é a busca pela riqueza e por tudo o que ela representa. Muitas são as reflexões e ponderações. Ainda assim, o tema continua suscitando inúmeros questionamentos e interpretações.
Grandes sábios, ao longo da História, afirmam:
Quem é rico? – Aquele que está satisfeito com o que tem.
Se pensarmos bem, de fato, observaremos que as pessoas satisfeitas apresentam um grau de serenidade e tranquilidade maior. Talvez sejam mais felizes? Depende do que se entenda por felicidade..!
Aparentemente, porém, pode haver uma certa contradição: o ser humano, por um lado, tem uma ambição intrínseca à sua condição humana. Por outro, sente-se mais tranquilo quando está satisfeito com o que tem.
Como conciliar estes conceitos?
Dificilmente encontraremos uma resposta única, absoluta ou definitiva.
De toda forma, vejamos alguns aspectos da questão , sem ter a pretensão de esgotá-la.
Na esfera financeira, observamos que, quanto mais uma pessoa tem, mais ela quer ter – quanto mais ela ganha, mais quer ganhar- e quanto mais tem, mais gasta.
Portanto, a equação é muito simples:
Quanto mais se ganha mais se gasta .
Este é um caminho que pode levar facilmente ao endividamento, tão presente nos dias atuais.
Surge uma pergunta : até que ponto ganhar mais resolverá o problema do endividamento?
O endividamento, afinal, acaba por comprometer a satisfação e a tranquilidade humana. Será uma ilusão? Uma armadilha que muitos de nós caímos sem perceber?
Vamos avançar um pouquinho mais nas nossas reflexões….
Todos nós conhecemos pessoas que , mesmo começando com muito pouco, conseguiram uma boa reserva, um patrimônio considerável, uma autonomia financeira, enfim, algum tipo respeitável de sustentabilidade financeira.
Se observamos cuidadosamente, veremos que estas pessoas têm algumas características em comum. Em geral, são disciplinadas e valorizam cada centavo do que têm.
Todos nós já nos deparamos com grandes empresários contabilizando e considerando pequenos valores que nos parecem insignificantes no cômputo geral.
Esta atitude nos parece estranha! Muitas vezes a interpretamos como mesquinhez. Talvez seja, talvez não.
Por outro lado, também conhecemos pessoas que receberam uma grande herança, ou um aporte inicial para um negócio e, em curto espaço de tempo, já se endividaram.
Diante destas constatações, fica fácil concluir: o segredo não está na quantidade de dinheiro recebida – mas, sim, na ATITUDE frente ao gerenciamento dos valores auferidos.
Esta atitude representa, antes de mais nada, a forma como enxergamos, como valorizamos o que temos.
Avancemos um pouco mais….
Se olharmos para o dinheiro como um fim em si mesmo, seremos levados a uma grande distorção. Ele poderá nos levará a uma ambição desmedida, desenfreada, enlouquecedora…infinita – e , também a uma mesquinhez doentia.
Muitas vezes colocamos no dinheiro uma “força” questionável: como se o nosso valor como pessoa dependesse do nosso status financeiro. Assim, é claro – quanto mais ganharmos, mais valor teremos, mais reconhecimento social, prestígio,etc.
Até certo ponto, de fato, esta relação finanças/ status, acontece, é real.
Mas, ela não é exclusiva , nem determinante , nem absoluta. Muitos outros fatores coexistem e são frequentemente negligenciados, como a capacidade de compartilhamento, de afeto, de troca, de amar, etc.
Assim, se entendermos que o nosso valor como pessoas transcende a questão financeira, colocaremos o dinheiro no seu verdadeiro lugar: um MEIO e não um fim em si mesmo.
O dinheiro deve nos servir e não nós a ele.
Num perspectiva mais saudável , focaremos naquilo que o dinheiro poderá nos possibilita :a realização dos nosso sonhos.
Sonhar pode ser um verbo concebido de diferentes formas: pode ser interpretado à luz de um prisma fantasioso, romântico- mas, também, pode ser interpretado como uma inspiração vinda do mais íntimo do nosso ser. Como uma inspiração, tem uma nobre origem, vem da nossa alma, com valiosos propósitos.
Por isso, os sonhos têm uma grande relevância na nossa vida: são eles que nos propulsionam na direção das nossas metas e objetivos.
Os animais vivem instintivamente, em função de seus impulsos e necessidade de sobrevivência.
Os seres humanos têm necessidades mais sutis, um sentido para suas vidas, uma busca na superação de desafios e na concepção de um propósito.
Os sonhos são como alvos que nos mobilizam para ações efetivas.
Os sonhos revelam o mais íntimo do nosso ser.
Ao valorizarmos cada pequeno centavo que ganhamos, direcionando nossos recursos para a realização dos nossos sonhos, teremos uma motivação autêntica para fazer uma poupança , ao invés de gastarmos indiscriminadamente, sem critério, sem planejamento.
Com esta poupança, potencializaremos o que recebemos e estaremos no controle das nossa finanças.
Assim, independentemente do valor que tenhamos como receita, se conseguirmos ser disciplinados e seguirmos a Metodologia do Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar, conseguiremos atingir nossas metas e, com tranquilidade, construiremos um caminho realista, sustentável, próspero , autônomo, coerente com o nosso Verdadeiro Sentido de Riqueza.