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Feridas da Infância afetam a saúde mental de um adulto!

Não é recente a associação entre problemas de saúde mental na vida adulta com episódios traumáticos na infância.

A figura materna costuma ser usada como exemplo da importância dos impactos que sofremos durante a infância para a saúde mental na fase adulta, seja positiva ou negativamente, por exercer papel central no nosso desenvolvimento.  Por isso, costuma ser apontada como a causa ou origem de diversos transtornos psíquicos.

Percepção que ganhou domínio público com os trabalhos de Sigmund Freud (1856-1939), mas que adentrou no imaginário popular de forma muito simplificada e chega a ser motivo de chacota: “a resposta para tudo é a mãe”.

A mãe não é responsável por todos os traumas infantis (e o pai?) e os traumas não são decorrentes apenas do comportamento de pessoas (desastres naturais também podem ferir emocionalmente um indivíduo).

Mas a piada serve para evidenciar que a relação entre eventos na primeira infância e a qualidade da saúde mental na vida adulta é um ponto pacífico na área da psicologia de tão difundida.

Estudos sobre o tema comprovam a tese

Há diversos estudos a respeito que identificam claramente a relação entre traumas na infância e saúde mental afetada na vida adulta.

Para não me estender demais citando a longa produção bibliográfica existente sobre o tema, destaco uma tese de mestrado da psicóloga Vanessa Fernanda Fioreli apresentada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

Para a defesa de sua tese, ela fez uma pesquisa com 120 pessoas entre 26 a 42 anos. Desse grupo de entrevistados, 30 eram saudáveis enquanto o restante apresentava histórico de transtorno de ansiedade ou estresse pós-traumático.

O estudo demonstrou que a maioria dos entrevistados com algum grau de desordem psíquica tinha passado por experiências traumatizantes na primeira infância (até os 6 anos).

Causas e transtornos de saúde mental

Ainda sobre o estudo, o trabalho conseguiu relacionar a característica do evento traumatizante vivido na infância e a qualidade do transtorno emocional desenvolvido.

Notou-se que pacientes diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada tinham como padrão ter vivenciado traumas de cunho mais emocional que os demais. Esses traumas compreendem desde abuso sexual na infância até baixa autoestima relacionada ao seu valor como indivíduo.

Já os que apresentaram estresse pós-traumático, constatou-se, na maioria, eventos chocantes vividos na infância e de cunho mais geral. Exemplos:

  • Desastres naturais;
  • Casos de violência.

Como mencionei acima, esse é um entre vários estudos que convergem para um sentido: feridas emocionais vivenciadas na primeira infância repercutem até a vida adulta se não bem administradas emocionalmente.

Eventos do passado podem estar relacionados aos problemas de saúde mental enfrentados no presente.

Isso dá a medida da responsabilidade dos pais, ou responsáveis, em garantir aos seus filhos uma infância segura e afetiva.

Mas sabemos que não vivemos em um mundo perfeito e eventos que fogem de nosso controle podem ocorrer e macular um trabalho de dedicação e carinho.

Uma vez o pior ocorrendo é possível reverter os estragos provocados pelos traumas de infância?

Mais: Há outras feridas emocionais que uma criança pode desenvolver e impactar a saúde mental na vida adulta?

Tento esclarecer essas questões nos próximos tópicos.

Principais traumas infantis

Além dos traumas citados, há outros que são incluídos entre os principais que uma criança pode estar sujeita a ser vítima.

Medo do abandono = insegurança

Esse trauma costuma surgir quando a criança fica muito tempo sozinha por algum motivo. Quando os pais ou responsáveis não podem, ou não querem, passar muito tempo ao lado dela.

Situação que tende a fazer do infanto um adulto inseguro no futuro.

Rejeição = baixa estima

Outro trauma decorrente da relação entre pais e filhos está relacionado à rejeição. Quando os pais, inconscientemente ou não, rejeitam seus filhos e o menor acaba percebendo essa rejeição.

É uma situação que provoca ferida emocional profunda e terá como provável efeito prejudicar a autoconfiança da criança por constantemente se sentir desvalorizada.

Medo = ansiedade

O medo provocado por mudanças, mesmo que simples, potencializa quadros graves de ansiedade. Submeter a criança a enfrentar seus medos coercitivamente pode causar efeito contrário, aumentar mais o seu pavor.

É necessário lidar com essa problemática com paciência e compreensão. Demonstrar que sentir medo do desconhecido não é tão ruim e faz parte das melhores experiências que a vida pode proporcionar.

Humilhação = depressão

Dano emocional possível de ocorrer no ambiente familiar ou escolar ao ser vítima de episódios de bullying.

O desprezo constante quanto as características, gostos e aptidões, assim como brincadeiras de mau gosto, tendem a gerar um adulto sem confiança e depressivo.

Como tratar feridas emocionais causadas na infância e que afetam a saúde mental?

Felizmente, é possível reverter os danos emocionais gerados por experiências traumáticas vividas no passado, seja na primeira infância ou não.

O tratamento mais profundo, completo e capaz de alcançar resultados no menor tempo possível é a hipnoterapia.

É um tratamento que usa a hipnose como ferramenta terapêutica. Costuma ser empregada como um tratamento complementar a psicoterapia, mas não necessita de encaminhamento para se submeter ao método.

É um procedimento reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e praticado há décadas no Brasil e em diversos países.

O objetivo do hipnólogo é induzir o paciente a um estado de relaxamento e concentração nas suas memórias.

A proposta da hipnoterapia é fazer o indivíduo regredir no tempo, voltar ao passado por meio de suas memórias, até o momento chave que originou o trauma a ser sentido no presente.

Uma vez identificado os episódios desencadeadores da questão interna mal resolvida, o trabalho do profissional volta-se para ajudar o indivíduo a ressignificar esses eventos; ensinar exercícios mentais para aliviar os sintomas e se manter no controle quando exposto a gatilhos que evoquem a experiência negativa.

A hipnoterapia é uma abordagem mais direta se comparada a psicoterapia, por não ser tão dependente da abertura do paciente para falar sobre o seu passado.

A hipnose facilita essa abertura acelerando resultados e evitando, na maioria dos casos, a necessidade do receituário de medicamentos com potencial viciante.

Esse é um tema que apesar de não ser uma novidade no Brasil ainda é pouco conhecido, por isso costuma gerar muitas dúvidas. Convido você a ler mais a respeito e agendar uma consulta para conhecer na prática o tratamento.

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