O transtorno de personalidade obsessivo compulsivo é uma das 20 causas que mais incapacitam pessoas no mundo.

Esses dados são da Organização Mundial da Saúde e assinalam como esse é um transtorno presente na sociedade contemporânea e o impacto que causa na vida das pessoas.

Neste artigo, apresento os tipos mais comuns de transtorno de personalidade obsessivo compulsivo, os sintomas característicos, as possíveis causas e a formas de tratamento.

O que é transtorno de personalidade obsessivo compulsivo?

O transtorno de personalidade obsessivo compulsivo é uma doença mental caracterizada pela manifestação de preocupação excessiva e incontrolável com organização e perfeccionismo.

É uma enfermidade diretamente relacionada a distúrbios de ansiedade. Ansiedade que escala para um quadro obsessivo que ganha forma em pensamentos, imagens recorrentes e ações por impulso.

Uma pessoa portadora de tal enfermidade não consegue desviar o foco da fonte de sua agonia, não consegue se concentrar em outras tarefas e fica muito suscetível a gatilhos mentais que rapidamente a tragam para um vórtice de pensamentos repetitivos e aflitivos.

Ou seja, uma pessoa com o transtorno é incapaz de controlar tais pensamentos e impulsos. Uma das causas para esse descontrole é que a prática dos atos impulsivos provoca alívio e redução da ansiedade, ainda que temporariamente.

Deixar de fazer determinados rituais ocasiona sofrimento, sentimento de angústia, sensação de algo ruim estar por acontecer.

Os principais sinais e sintomas de transtorno de personalidade obsessivo compulsivo

É preciso prestar atenção em uma série de sintomas para se chegar ao diagnóstico de transtorno de personalidade obsessivo compulsivo. Isto porque se trata de uma doença complexa e heterogênea, com grande variedade de sintomas.

Podemos dividir os sinais e sintomas em 2 grupos:

• Pensamentos obsessivos;
• Alterações comportamentais.

Obsessões

Os sinais relacionados à parte mental, que consequentemente vão influenciar a parte comportamental, costumam ser dúvidas e necessidade de ter certeza sobre algo. Não conseguir conviver com o fato de não encontrar uma resposta satisfatória para a sua aflição e se remoer constantemente em razão disso.

Também é um sinal típico de alterações nos padrões mentais a preocupação excessiva com sujeira, germes, contaminação.

Impulsos indesejáveis, pensamentos ou cenas impróprias relacionadas a sexo é outro sintoma comum.

Ainda surge com frequência casos em que a pessoa manifesta uma preocupação excessiva e incontrolável com simetria. Colocar tudo em um alinhamento lógico e harmônico, seguindo uma sequência.

Por fim, há também os pensamentos supersticiosos relacionados a números e cores de roupa.

Comportamentais

Já no campo comportamental, os sinais de transtorno de personalidade obsessivo compulsivo são perceptíveis por intermédio de rituais e repetições.

Lentidão para realizar tarefas, sentimento de culpa, aflição, indecisão são outros dos comportamentos usuais de pessoas que convivem com transtorno de personalidade obsessivo compulsivo.

As possíveis causas

Ainda não se há uma compreensão totalmente clara das causas que levam ao desenvolvimento de um transtorno de personalidade obsessivo compulsivo. Porém, sabe-se que há 3 fatores principais que influenciam para o surgir da enfermidade.

• Biologia;
• Genética;
• Ambiente.

Causa biológica

Estudos sugerem que o transtorno de personalidade obsessivo compulsivo pode ser consequência de alterações químicas cerebrais.

Causa genética

Há indícios que de que o TOC pode ter origem em componentes genéticos, ainda que não tenham sido identificados.

Causa ambiental

Outra possível causa para o transtorno de são fatores ambientais como infecções.

Principais fatores de risco

Ter histórico familiar de pessoas portadoras de uma das categorias de transtornos de personalidade obsessivo compulsivo.

Novamente a questão genética surge como um componente com potencial de desencadear os sintomas da doença.

O que também pode desencadear sintomas da doença são eventos traumatizantes ou estressantes.

A reação despertada para lidar com as lembranças negativas pode estimular o desenvolver de rituais e pensamentos intrusivos.

Pessoas com tendência a depressão, transtornos de ansiedade, vício em substâncias químicas também entram no grupo de risco.

Tipos de transtorno de personalidade obsessivo compulsivo

Há duas categorias de TOC:

• Transtorno de personalidade obsessivo compulsivo subclínico;
• Transtorno de personalidade obsessivo compulsivo estabelecido.

Dentro dessas categorias de TOC há subgrupos:

• Verificação;
• Contaminação;
• Contaminação mental;
• Acumulação;
• Ruminação;
• Pensamentos intrusivos;
• Simetria e ordem;
• Pré-natal ou pós-natal;
• TOC homossexual.

Subclínico

Essa categoria de transtorno não chega a atrapalhar significativamente a vida de seu portador. As obsessões seguidas de pequenos rituais se repetem com frequência, porém o impulso, a aflição não se torna incontrolável caso determinados hábitos não possam ser realizados.

Estabelecido

Qualidade de transtorno que gera sofrimento emocional por ser não possível controlar os impulsos e as obsessões que persistem até o exercício da compulsão. Ou seja, não se consegue alívio da tensão caso o ritual não seja praticado.

Principais formas de tratamento

A psicoterapia é o tratamento mais usual para lidar com o transtorno.

O profissional se encarregará de entender a origem do problema por meio de diálogo, ensinar exercícios mentais para combater o impulso e alterar padrões de pensamentos. A depender do caso, pode ministrar medicamentos específicos.

A consulta a um neurologista não é descartada.

Hipnoterapia também um tratamento eficaz de tratamento. A técnica usa a hipnose como ferramenta terapêutica.

O paciente é induzido a um estado de relaxamento profundo para recordar lembranças primitivas e reprimidas que levam a origem do problema.

O hipnólogo ajuda o paciente a reinterpretar os eventos traumáticos que vivenciara para alterar padrões de pensamentos que estimulam a obsessão.

Exercícios mentais também são ensinados e aplicados durante o transe para munir o paciente de ferramentas emocionais para lidar com o transtorno.

Por ser uma abordagem mais direta, sem a necessidade da abertura total do paciente sobre os seus problemas, sobre o seu passado, os resultados costumam ser mais rápidos e o tratamento mais profundo.

Motivo que faz a hipnoterapia dispensar o uso de medicamentos potencialmente viciantes em boa parte dos casos.

Não é obrigatório o encaminhamento de um médico para se submeter ai um tratamento de hipnoterapia.

Para mais detalhes.

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