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Aumento da violência doméstica durante a pandemia: como tratar o agressor?

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Os números apontam que as denúncias dos casos de violência doméstica estão aumentando durante a pandemia. Seja por causa da convivência mais intensa ou outros problemas desenvolvidos no período da quarentena, esse crescimento deve ser observado e combatido para manter a harmonia nos lares.

No nosso último artigo, nós falamos sobre as diferentes alternativas para oferecer suporte às mulheres vítimas de violência doméstica. Hoje, vamos refletir por quê é importante tratar o agressor e qual a forma mais indicada de se fazer isso. Essa é uma solução ainda inovadora, mas que pode trazer bons resultados para evitar os relacionamentos abusivos.

A violência doméstica tem como pilares fatores externos e sociais, como machismo, insegurança e medo que, associados à existência de algum desequilíbrio na personalidade e identidade, acaba por desencadear um ciclo violento. Esse problema é algumas vezes  um reflexo da sociedade e, para não ocorrer mais, deve ser solucionado através da raiz, ou seja, os agressores.

Além disso, um grande problema a ser enfrentado no Brasil é a reincidência dos casos de violência doméstica. Assim, mesmo com o trabalho essencial de denúncias e cuidados com a saúde física, mental e emocional das mulheres, é preciso quebrar a barreira dos homens para que eles mudem os seus comportamentos depois de punidos.

De acordo com o levantamento realizado pelo Mapa da Violência em 2015, cerca de 49% dos casos de violência contra a mulher acontecem em repetição. Ou seja, apenas a punição, sem reflexão e mudança de postura, não é totalmente eficaz para combater o problema e diminuir o número de vítimas.

Já existem projetos espalhados pelo país com essa proposta de fazer os homens refletirem sobre suas ações e emoções e transformá-las por hábitos mais saudáveis e equilibrados. Dessa forma, além de conseguirem criar laços de confiança e harmonia em seus relacionamentos, eles têm uma postura melhor frente à sociedade e traçam um caminho para o desenvolvimento pessoal, superação de barreiras e alcance de objetivos.

O primeiro passo é identificar se existem outros problemas antecedentes ao comportamento agressivo. A violência acontece depois do abuso de álcool e outras substâncias, por exemplo? O vício pode ser um fator atenuante para a violência e pode desencadear vícios, transtornos e distúrbios, como ansiedade, depressão e fobias.

Confira aqui algumas metodologias que podem ajudar os homens a quebrar o ciclo de violência doméstica e mudar de vida. Viver com respeito e segurança é o melhor caminho para se reabilitar e reconstruir o seu verdadeiro eu. Melhorar você mesmo através do autoconhecimento para se ressocializar é transformar também a sociedade em que vivemos.

Comunicação Não Violenta

Apesar de muitos brasileiros não considerarem a agressão verbal como uma forma de violência doméstica, a Lei Maria da Penha inclui esse ponto para proteger as mulheres. Afinal, a violência verbal pode desencadear uma série de problemas de origem psicológica e emocional  para as mulheres, além de poder evoluir para uma agressão física também.

A comunicação é responsável pela forma como nos expressamos. Observar o comportamento do agressor nos ajuda a entender esse ponto. A maioria deles assumem a postura violenta por não se responsabilizar por seus atos, acusando a vítima pela agressão sofrida. Para transformar esse padrão, a Comunicação Não Violenta (CNV) é uma técnica muito eficiente.

Sair do papel de uma pessoa que se vitimiza para entender a própria responsabilidade no ato da violência é fundamental para mudar o comportamento. Afinal, essa conduta não deve ser legitimada, e sim percebida para ser corrigida. A CNV é uma forma de levar o homem a refletir sobre suas atitudes e encontrar o melhor caminho para construir uma nova história.

Essa ferramenta tem como principal pilar o desenvolvimento de uma comunicação transparente, aberta e ao mesmo tempo limpa de violência em seu conteúdo, ou seja, a ausência da agressividade, que dá lugar para a compreensão, respeito e aproximação. Dessa forma, a metodologia entende que a comunicação é a principal forma de nos conectarmos uns com os outros e, se ela estiver saudável, os relacionamentos terão mais harmonia e equilíbrio.

Isso significa que, além de ajudar na resolução de conflitos, o diálogo é a melhor forma de se construir as relações. Através dele, o agressor vai aprender a se expressar, dizendo suas insatisfações de maneira clara e assertiva, em um tom que permita a boa comunicação com a parceira, sem agressão verbal – evitando que voluia para a física.

A partir daí, o homem vai conseguir identificar as suas necessidades emocionais, expressá-las para a companheira de uma forma saudável e tentar chegar a acordos, com empatia. Na Comunicação Não Violenta, é essencial saber falar dos próprios sentimentos, sem acumular mágoas e angústias. A parceria é fundamental dentro dos relacionamentos amorosos.

Hipnoterapia Clínica

O autoconhecimento é uma ferramenta essencial para o tratamento dos agressores. Para que a transformação mental aconteça, é necessário mudar o padrão de comportamentos, pensamentos violentos do homem, e o autoconhecimento é a melhor forma para se conseguir isso. Desta maneira ele ganhará novos recursos e possibilidades para conseguir adotar um novo e diferente padrão em suas  respostas e atitudes comportamentais.

O primeiro passo é entender de onde vem esse ciclo: o homem já passou por situações de agressão com seus pais ou em outro ambiente, como o escolar, por exemplo? Muitas vezes essas experiências ficam armazenadas no subconsciente e acabam desenvolvendo padrões repetidos por parte das vítimas, por não conhecerem outros meios de se relacionar. 

Depois de identificar a origem do comportamento agressivo, é hora de mudá-los. A Hipnoterapia é uma metodologia eficaz e que dá resultados rápidos para quem quer deixar os hábitos negativos de lado. A evolução é progressiva, ou seja, a cada sessão o paciente consegue perceber uma melhora no quadro.

Assim, os homens que praticaram violência doméstica e procuram a Hipnoterapia, encontram uma forma de se transformar conhecendo melhor a própria identidade. Por buscar o tratamento direto na raiz do problema, a metodologia costuma apresentar resultados com mais eficiência e rapidez, o que é mais indicado para quem quer se ressocializar e buscar relacionamentos mais construtivos o quanto antes.

Nosso próximo artigo ainda vai trazer mais informações sobre o aumento da violência doméstica durante a pandemia, não perca! É importante encontrar o tratamento ideal para cada indivíduo que sofre com o ciclo de agressões e relacionamentos abusivos para transformar esse padrão negativo.

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