Manter um relacionamento saudável pode ser complicado. Isso acontece, principalmente, porque somos muito diferentes um do outro; cada indivíduo vivencia experiências diferentes e, consequentemente, tem uma construção de caráter, crenças e valores. A vida a dois pode encontrar mais barreiras quando a rotina é corrida (filhos, carreira e casa) e o momento da comunicação não é valorizado. Por esses motivos, uma das melhores formas de cultivar relações interpessoais – seja com amigos, família ou companheiros românticos – é através do diálogo.
A terapia de casal é uma alternativa que facilita que esse diálogo aconteça da forma adequada. Durante as sessões terapêuticas, os cônjuges dedicam tempo para entender o ponto de vista do outro e quais são as possibilidades que permitam a resolução de conflitos, bem como o bem-estar dos dois. O objetivo não é manter o casal junto a todo custo, mas sim, o amadurecimento e compreensão sobre o relacionamento: se é melhor estar juntos ou separados.
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Embora a proposta de iniciar a terapia costume partir de uma pessoa, é importante que os dois parceiros se dediquem ao processo ao longo do tempo para que a alternativa seja bem-sucedida. Assim como na relação, as duas partes do casal precisam participar e estar presente em todas as etapas.
Buscar a terapia de casal pode ser útil para conflitos pontuais, e não apenas quando eles são recorrentes. Situações específicas, como a educação dos filhos ou as tarefas domésticas, podem ser o foco da sessões, que serão voltadas para a resolução apenas desses problemas.
Vale ressaltar que a terapia é uma alternativa para todos os tipos de casais: jovens, mais velhos, que estão juntos há muito tempo ou apenas iniciando a vida a dois, casados ou namorando e que estejam em crise ou não.
A importância do profissional qualificado
O profissional tem função de auxiliar o diálogo e intervir, caso necessário. Um desses profissionais pode ser o coach. Com o papel de mediador, ele elabora questionamentos para levar o casal a refletir sobre os conflitos do relacionamento e buscar soluções para os impasses. Se for o caso, ele também pode indicar o coaching individual, para que cada um trabalhe sua individualidade e necessidades e, em seguida, tente entender a do outro na terapia conjunta.
As demandas do coaching vão mudar de casal para casal. Assim, é a partir do que é relatado, dos avanços durante a terapia e do comprometimento dos envolvidos, que o profissional poderá guiar as sessões e usar novas técnicas de intermédio. Os resultados podem ser notados ainda na primeira sessão, como uma maior harmonia dos dois, por exemplo.
O coaching para casais também vai ajudar a entender as limitações de cada um e o que causou essa restrição (que muitas vezes é inconsciente). Seja traumas do passado ou ideologias, é importante entender os padrões e mudanças de comportamento do outro.
A Comunicação Não Violenta como alternativa
A dinâmica durante a terapia varia de profissional para profissional. Uma das técnicas que pode ser utilizada durante o coaching é a Comunicação Não Violenta (CNV). Considerando que, muitas vezes, a briga do casal se inicia por causa da violência verbal, o objetivo dessa ferramenta é a construção do diálogo construtivo, claro, respeitoso e objetivo.
Através de uma reprogramação mental, a CNV busca mudar o mau comportamento verbal do casal, para que a comunicação seja a melhor alternativa na resolução de conflitos e desenvolvimento pessoal e conjunto.
A prática foi criada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, que se baseia no princípio da compaixão. Dessa forma, o principal ponto não é o que está sendo dito, mas sim, como está sendo dito. Se a comunicação é feita de maneira harmoniosa, o casal vai conseguir se compreender melhor e enxergar o outro de outra maneira.
O coach se fundamenta em quatro pilares da Comunicação Não Violenta durante as sessões terapêutica. Um deles é saber observar os fatos e descrevê-los sem julgamento para o parceiro. O segundo é expressar os sentimentos. Quando os indivíduos falam o que estão sentindo, o que os incomoda e até o que os deixa satisfeitos – além de observar isso no outro – é mais provável que haja acordos sobre a vida a dois. Os outros dois pilares são entender quais as necessidades não atendidas e saber fazer pedidos. Estes complementam os anteriores e podem dizer respeito tanto a atividades que o casal faça junto, quanto ao próprio diálogo.
É por meio desses quatro componentes que a vida a dois ficará mais respeitosa e clara. Os indivíduos vão conseguir expressar melhor seus problemas, ânsias e dificuldades dentro do relacionamento e resolver conflitos para melhor bem estar individual e conjunto.
Aliar duas linhas de coaching como a americana e a europeia ajuda o casal durante a terapia e eu posso auxiliar. Sendo assim, podemos trabalhar tanto com o lado sentimental quanto objetivo da vida a dois. Esse diferencial é essencial para quem busca resolver as questões práticas do dia a dia e situações mais profundas envolvendo o passado e projeções para o futuro.