Apesar da flexibilização da quarentena provocada em virtude do novo coronavírus nas últimas semanas, o número de mulheres que estão sofrendo violência doméstica nesse período ainda é grande. Além de prevenir os casos, é importante cuidar da saúde mental, emocional e psicológica das pessoas que passam por essa experiência negativa.
Por isso, estamos reforçando esse assunto nas últimas semanas. Aqui, falamos sobre o suporte a mulheres vítimas de violência doméstica e aqui sobre como tratar o agressor para evitar a reincidência dos casos. É essencial lembrar que essas ações são válidas durante a quarentena e também após o isolamento social.
Hoje, vamos falar sobre os cuidados com as crianças que presenciam a violência doméstica. Essa experiência traumática pode ser responsável por danos psicológicos e emocionais que, se não tiverem o tratamento adequado, podem se tornar um obstáculo até a vida adulta, impedindo o desenvolvimento e evolução pessoal.
As consequência para as crianças que presenciam agressões no lar
A harmonia na família é essencial para um desenvolvimento saudável das crianças, afinal, é com esse grupo social que ela tem mais contato e que mais influencia na formação da sua identidade. A exposição à violência doméstica, seja ela física ou verbal, portanto, pode ter diferentes consequências para a vida dos filhos.
Dentre as reações possíveis para as crianças diante do agressor estão o medo e raiva do pai. Se em excesso, esses sentimentos podem desencadear outros problemas como:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada
- Depressão
- Baixa autoestima e insegurança
- Timidez excessiva
- Transtorno Obsessivo Compulsivo
- Ansiedade
- Dependência Química
- Compulsão Alimentar
- Síndrome do Pânico
- Traumas
- Fobias
Esses transtornos e distúrbios de ordem psicológica e emocional dificultam a possibilidade de se construir relacionamentos saudáveis e equilibrados, tanto na vida pessoal quanto profissional. A criança cresce com medo que o padrão se repita e isso dificulta e afasta a criação de vínculos mais fortes, íntimos e saudáveis.
A observação dessas crianças é fundamental. Se elas se isolarem com frequência ou apresentarem constantemente comportamentos agressivos, que envolvem birras, choros e outras formas de chamar atenção, é importante buscar uma ajuda especializada. As brigas na escola e a dificuldade de se concentrar também podem ser reflexo da violência doméstica na família.
Tratamentos para as crianças
Se os comportamentos negativos foram apresentados constantemente pelas crianças, buscar um tratamento é fundamental para evitar consequências que as impedem de evoluir. A Constelação Familiar é uma metodologia que pode ajudar muito nesse momento – tanto as mães quanto as crianças.
A partir de representações do sistema familiar em questão, os indivíduos podem conseguir entender a origem dos seus bloqueios e transtornos para começar o processo de cura. Uma vez superados os obstáculos emocionais e psicológicos, essa pessoa que foi exposta à violência doméstica vai poder mudar os padrões de comportamento em sua vida – seja agressividade, isolamento ou timidez excessiva, por exemplo.
A Terapia da Linha do Tempo é outra metodologia importante durante esse processo, pois pode ajudar a ressignificar e até neutralizar vivências e memórias traumáticas. Por meio dela, a criança vai conseguir a cura da causa-raiz dos seus problemas, ou seja, as agressões vivenciadas.
Se libertar das emoções negativas que envolvem a violência doméstica é uma forma de encontrar o controle e ter uma vida mais plena, saudável e harmoniosa. A Hipnoterapia também é uma ferramenta de cura para encontrar o equilíbrio e focar apenas nos sentimentos positivos, que podem te fazer crescer e promover relacionamentos melhores.
No caso de crianças que foram expostas à violência doméstica muito cedo e não recordam, por exemplo, essa metodologia é uma excelente alternativa . Isso acontece porque muitas vezes o nosso subconsciente armazena informações, mas nem sempre elas ficam claras a nível consciente. Por meio da Hipnoterapia, é possível acessar e identificar os bloqueios,aumentando as chances de superá-los.
Dessa forma, as memórias negativas vão ser resignificadas como uma experiência de aprendizado e autoconhecimento. Entendê-las e vivenciá-las novamente são dois passos fundamentais para que o indivíduo perceba sua força interior para que consiga utilizar essas ferramentas em outros momentos da vida, a fim de ter maior controle das próprias ações e emoções.
Se você tem interesse em conhecer melhor essas e outras metodologias, clique aqui para conhecer o nosso site e agendar uma sessão. Busque o equilíbrio para a sua família e quebre o ciclo de tudo o que é negativo e desarmônico. A mudança está em você e o futuro pode ser diferente – e melhor – que o presente.
Ajude denunciando a violência doméstica
A Lei Maria da Penha tem como objetivos ajudar as mulheres a saírem do ciclo de violência e também apará-las junto aos seus filhos. Os profissionais analisam a integridade física e emocional das crianças expostas às agressões, as afastam do lar e até restringem ou suspendem as visitas do agressor.
Tudo isso é possível graças a equipes de atendimento multidisciplinar, que tem como algumas das bases o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Alienação Parental. Assim, se você está presenciando ou ouvindo algum caso de violência doméstica, seja de vizinhos, amigos ou familiares, entre em contato com a polícia imediatamente para fazer a denúncia por meio do número 190 – a denúncia pode ser anônima.
Se possível, ofereça apoio para a mulher e seus filhos, se for o caso, em algum momento que o agressor não esteja em casa ou através de códigos. Para as mulheres vítimas de violência doméstica, o número de telefone 180 tem um atendimento específico para esses casos. Os profissionais poderão dar orientações para a denúncia e proteção da sua família. Se possível, entre em contato com pessoas da sua confiança para ir para um lugar seguro.
É importante também conscientizar as crianças sobre a violência doméstica, afinal, elas podem ajudar a mãe a quebrar esse ciclo negativo, informando familiares, professores, vizinhos e até a polícia sobre as agressões.